24 outubro 2006

Empresa familiar ou individual?

Na grande realidade existem somente dois tipos de negocio, a empresa familiar e a empresa individual. A empresa familiar é aquela em que toda a família participa ativamente da vida empresarial, podendo ser que cada um cuide de uma parte da empresa que tenha mais familiaridade ou que todos discutem todos sos assuntos juntos e tomem decisões em conjuntos. A empresa individual é aquela onde só o individuo faz parte, a família não se envolve em nada, e pode ser porque o individuo não queira a participação da família ou a família não queira participar.
Na empresa familiar onde cada um cuida de um departamento, e podemos destacar a organização e o profissionalismo, pois provavelmente a hierarquia profissional será maior que a hierarquia familiar, e provavelmente as decisões serão tomadas por quem tenha mais conhecimento técnico. Porem as chances de uma eventual briga familiar que pode resultar no fim da empresa são maiores.
Na família onde todos participam de tudo, podemos perceber que a hierarquia familiar é a predominante, tendendo então aos patriarcas as decisões finais, o que muitas vezes pode se levar a decisões equivocadas por falta de conhecimento mais técnico. Porem é mais provável que toda a família se sinta uma peça importante dentro da empresa e isso pode fortalecer os laços familiares.
Na empresa individual em que o individuo não quis a participação da família vemos que a empresa se trata mais de uma realização pessoal ou de uma necessidade de auto-afirmação. O individuo busca o sucesso como uma pílula de auto-estima. E tanto o individuo como a família tende a ver a empresa como um emprego, o que fará com que dificilmente os resultados da empresa interfiram brutalmente no relacionamento familiar.
E quando é a família que não quer saber da empresa do individuo, ai temos um problema serio. Pois qualquer oscilação da empresa será transferida a família, e provavelmente muitas discussões existirão. Nesse caso sugiro que o individuo reveja suas prioridades, pois pode ser que a família não aceite que ele seja um empresário, ou o problema pode estar no ramo do seu negocio, ou ainda pode estar no relacionamento dentro da família. De qualquer jeito, reavalie suas prioridades e converse muito com sua família.
E a grande conclusão é que não importe o seu tipo de negocio, mas ter o consentimento, o apoio, de sua família, daqueles que você ama e que te amam, é com certeza uma força motriz a todos os patrões.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu, que vivi mais vezes a situação da família que a do empresário, sei que ninguém foi um melhor autônomo do que o meu pai. Antes de iniciar seu negócio próprio, ele era o melhor mecânico da companhia, que mais fidelizava clientes e que por isso mais perdia com o salário baixo. Aí adaptou o quintal e mandou fazer cartões de visita.
Os clientes, que já eram dele, passaram a ser dele efetivamente. Então as contas da casa continuaram a ser pagas das mesmas fontes.
Quando eu atingi a idade para entrar na escola infantil, ele começou a aceitar chamados nas rodovias, já que não precisava mais me levar junto. Mas vivia perguntando se eu teria aula no dia seguinte, para me convidar a ir ao trabalho com ele.
Ele sempre foi meu pai antes de ser o profissional do galpão do fundo.
Até meus quinze anos eu dizia que queria ser mecânica :-)

Marcio Nobrega disse...

mesmo voce não dando continuidade a empresa do seu pai, porque provavelmente vc percebeu que queria fazer algo diferente, voce o apoiava, dava seu alvara de funcionamento quando aceitava ir trabalhar com ele, quando ele te levava junto para ver os clientes e voce demostrava que havia sido algo legal para ter feito, mesmo voce não se tornando mecanica, ter demostrado orgulho de ter um pai mecanico deve ter sido a maior força motivadora para que seu pai fosse o melhor de todos os mecanicos.

Anônimo disse...

Familia unida dentro de uma empresa é claramente uma grande forme de somar forças especiais na geração de sinergia. E realmente é um equilíbrio complicado. Mas afinal, os relacionamentos humanos são assim mesmo. Acredito que o importante para manter o equilíbrio sejam bom senso, quociente emocional, amor e objetivo. Esqueci de alguma coisa?